Neste estudo conduzido pelo LOA, durante o primeiro cruzeiro oceanográfico do projeto “Sistema de Modelagem e Observação da Antártica” (ATMOS) no âmbito do PROANTAR (CNPq/MCTI), nós amostramos um vórtice de aguas quente destacado da Corrente do Brasil. As anomalias da temperatura da superfície do mar (TSM) causadas pelo vórtice de núcleo quente no Oceano Atlântico Sudoeste exerceram uma influência crucial na modificação da camada limite atmosférica marinha (CLAM). Foram identificados os mecanismos de ajuste de pressão e mistura vertical que podem tornar a baixa atmosfera instável. Este vórtice quente também aumentou os ventos em superfície e os fluxos de calor do oceano para a atmosfera. As regiões oceânicas em latitudes médias e altas devem absorver o CO2 atmosférico e, portanto, são consideradas sumidouros, devido às suas águas frias. Porém, a presença deste vórtice quente em latitudes médias, circundado por águas predominantemente frias, fez com que o oceano atuasse localmente como uma fonte de CO2, para a atmosfera. A água quente superficial deste vórtice resultou em magnitudes maiores de todos os fluxos oceano-atmosfera estudados aqui. Este estudo adiciona à nossa compreensão de como as estruturas de mesoescala oceânica, afetam a atmosfera sobrejacente.
O Artigo está disponível em https://doi.org/10.1038/s41598-021-89985-9