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O Projeto ATMOS (Antarctic Modeling Observation System) teve início em 2018, com o objetivo principal de estudar as interações entre processos de dinâmica e termodinâmica entre a atmosfera, o oceano e a criosfera no setor Atlântico do Oceano Austral, e a sua relação com o clima da América do Sul. Dentre estes processos destacam-se as trocas de energia, de momentum, e os fluxos de gases como o dióxido de carbono (CO2), decorrentes na interface oceano-atmosfera. Também são alvos de pesquisa a interação destes processos com o gelo marinho, e com as ondas de gravidade superficiais, considerando seus respectivos efeitos e contribuições dentro do escopo do projeto. Para melhor compreender e ampliar o conhecimento científico sobre os complexos processos de interação atmosfera-oceano-criosfera, o projeto destaca duas frentes de trabalho executado pela equipe do LOA e colaboradores de demais instituições. Destas, uma é observacional, e outra de modelagem numérica.
Na Operação Antártica 38 (OP38) realizada em 2019, o projeto ATMOS contou com auxílio no Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano (H-41) da Marinha do Brasil, no qual foi efetuado o lançamento e fundeio de um sistema de bóias meteo-oceanográfica, bem como de uma estação meteorológica instalada em uma das praias de “Martins Head”, nas Ilhas do Rei George. Este local foi carinhosamente batizado como “Ponta LOA”. Além disto, durante toda a campanha observacional foi instalada uma torre micro-meteorológica na proa do NPo H- 41, a fim de coletar dados in situ de fluxos turbulentos de calor e dióxido de carbono (CO2). As simulações numéricas estão sendo conduzidas com o sistema de modelagem regional acoplada COAWST (Coupled-Ocean-Atmosphere-Wave-Sediment Transport). Atualmente, este sistema possui modelos numéricos amplamente utilizados e conceituados pela comunidade científica como por exemplo, o modelo atmosférico WRF, oceânico ROMS, de onda WW3, além de um modelo de gelo e de transporte de sedimentos (CSTMS - Community Sediment Transport Modeling Systems). No COAWST, os modelos dispõem da capacidade de simular os processos de forma acoplada, possibilitando ainda a ativação de parametrizações físicas específicas e de interesse do estudo.
O Projeto ATMOS é coordenado pelo pesquisador Luciano Ponzi Pezzi, financiado pelo CNPq e executado no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR-MCTIC/SECIRM) e terá a duração de até 4 anos (2018 - 2021).
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